18 de fevereiro de 2013

Sangue do meu Sangue # 296 - Republicando / Editado


Eu evito falar do meu irmão.
E mesmo assim, sempre tenho um texto pronto em minha cabeça.
Um tremendo paradoxo, assim como nossa relação.

Dizer que a gente briga como cão e gato é simplificar demais algo tão intenso quanto a vida que a gente construiu em conjunto.
Ele é mais novo que eu cinco longos anos e isso definiu toda nossa história. Por que quando eu tinha 10 anos ele tinha terríveis 5, aos 15 ele tinha os chatos 10 e eu com 20 ele estava no auge da rebeldia dos 15. 
Hoje eu com 29, ele tem 24. Meio que igualamos... Mas mesmo hoje nos dois adultos ainda há esse hiato, mas invertido: ele é o adulto e eu a carente.

Mas certas coisas não mudam...

Não posso voltar no tempo e tentar ser a companheira que ele precisava. Não existe um jeito engolir as coisas ditas, os segredos não guardados ou qualquer dano que tenha sido causado.
Eu também estava crescendo e não é fácil ser espelho nem quando adulto, quando mais na adolescência.
Não me sinto culpada, só reservo esse sentimento para as coisas que fiz por querer.
Nem quero me desculpar nestas linhas...
Eu queria poder extravasar o que sinto, mesmo não sabendo o que dizer.

Parabéns!

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