Nunca fui chegada a Folia de Carnaval.
Adoro o feriado, mas sabe?
Não faria questão de um Abada e coisa e tal.
Nunca fui do Auê.
Sou da sessão pipoca e guaraná.
Gosto da energia, fui ao desfile de escola de samba, me aventurei no hospício que é um trio elétrico...
Mas sabe?
Eu acho que seria a mulher do carnaval de clube de antigamente, nem sei se ainda tem... Dou valor a mesinha com comes e bebes e uma cadeira confortável pra quando o salto incomodar.
Mas eis que é Carnaval.
O homem com quem divido o meu existir é Baiano e todo seus carnavais se deram em sua terra, com direito a camarote e repeteco.
Mas ele agora também dividi o seu existir comigo e temos que botar as prateleiras de Duda, instalar o espelho que compramos numa rua pedida de Sampa (um achando!) e lavar roupa pra não acumular, pois apartamento e roupa de criança se estranham.
Ligamos a TV uma três vezes e o vi virar o rosto quando o destaque era Salvador.
Mas agora enquanto escrevo e ele serra o varão da cortina e quando esbarramos no corredor entre uma ida ou outra a cozinha, percebo como ele não parece triste.
Nem conformado.
Ele parece sereno.
Nos dois estamos em festa por que a avenida do nosso festejar é nossa casinha e não tem Auê melhor do que colocar numa casa um pouco da gente.
E vida a Folia dentro da Gente!
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