5 de janeiro de 2012

Chorona # 105 - Republicando Blogs que leio

Queria ter a capacidade de não me sentir ofendida com quase nada ou então ser daquelas pessoas que quando se ofendem saem batendo porta, rebatendo o xingamento, chutando o pau da barraca, sentando a pua e quebrando o pau.
Mas, não. Eu choro. Choro e choro e choro mais um pouco.
Já me disseram que eu choro demais pra ser levada a sério. Que essas lágrimas todas só demonstram o quanto, no fundo, no fundo, eu sou superficial; que se tudo me emociona é porque nada me emociona de fato.
“Não confie em pessoas que choram no cinema”, já dizia Holden Caulfield e uma besta que estragou meu emocional e que deixou marcas até hoje, viva repetindo. Mas Holden não sabe de nada, muito menos o escroto que me convenceu de que eu era VELHA!
Egoístas, falsos e preocupados apenas com o próprio umbigo todos somos em maior ou menor grau. Então prefiro os egoístas/falsos que se emocionam.
Eu choro. Eu choro no cinema, eu choro no teatro, eu choro ouvindo rádio, eu choro vendo clipe, eu choro cantando, eu choro sorrindo, eu choro vendo foto, eu choro quando me esculacham e choro quando me idolatram.
Mas não pensem que por chorar tanto e por tantos motivos meu choro é banal. Não é. Cada lágrima minha é sincera, é forte, é verdadeira e tem um motivo muito bem definido.
Mesmo quando eu choro diante do espelho, prestando atenção em como fica a minha cara chorando. Eu choro de ficar com a boca quadrada, como a Fal. Eu choro porque dói, eu choro porque é lindo, eu choro porque dá saudade.
E o irônico é que quando bebezinha de colo eu não chorava. Sabe o que minha mãe fazia quando eu começava a chorar no berço? Chamava todo mundo pra ver! Ah, se ela soubesse…
Hoje eu sou esse poço de lágrimas desesperadas, raivosas, cansadas, tristes, inconsoláveis, inanimadas, bobas (ao gosto do cliente).

Originalmente publicado no Heresia Loira e agora com algumas modificações devidas à insônia vigente.

Gostei tanto que tô republicando... Lembra um pouco de mim... e da Tita né?rs

Xeiros

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