A primeira vez que passei uma noite em claro por amor, eu tinha uns 14 anos e muito menos juízo do que eu acreditava ter.
Lembro de muita coisa daquele dia: do choro, de todo lamento, também do corpo quente ao meu lado... brigando com o sono e clamando pela mãe.
Eu sabia que ia ser uma noite longa...
Mas por amor a gente faz muitas coisas.
E eu amava, ainda amo e sempre vou amar a Roberta e fazer o que puder por ela, pra ela.
Não me lembro se fiquei com ela outras noites pra mãe dela sair outra vez.
Hã?
Ah sim, eu passei a noite em claro por amor a Roberta, então bebê pra mãe dela sair um pouco. Ah!
Acharam que...rs
Não, não..
Sofrimentos desse tipo não merecem post.
E fora que me senti tão especial por ser responsável por uma criança, que esta noite não foi pra categoria sofrimento.
Ok, minha mãe estava no mesma casa e poderia ser acionada em caso de febre ou criança entalada com catarro.
Mas mesmo assim... sabe?
A Roberta hoje já é mulher.
Cresceu perto de mim, mas não dei muito valor a proximidade, eu também estava crescendo.
Ela cresceu muito mais longe de mim e isso me doí muito.
Queria ser uma especie de diário, a prima confidente... mas não aconteceu.
Mas nem a geografia atrapalhou a intensidade do sentimento, eu ainda amo a Roberta como se ela fosse aquele montinho de carne gorducha com piolhos teimosos...
Pra sempre Beca. E mais um dia.
Te amo.
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