“Dobrei a esquina que me levaria ao cinema. Sentado no ultimo banco de cabeça baixa com o cabelo bagunçado estava ele à minha espera, com a proximidade ainda não notada ele levantou a cabeça me viu e sorriu, eu involuntariamente sorri de volta, mexi no cabelo e abaixei a cabeça ainda sorrindo, levantei somente quando me deparei de frente com ele, sentei-me ao lado e o cumprimentei com um rápido beijo e sorri. Começamos um debate sobre qual filme assistir, ele queria o de super-herói super moderno e eu o de criaturas encantadas, uma diferença muito grande que quase não afetava em nada, já que só ele falava.
Quando terminou o discurso de por que deveríamos ver o filme dele eu sorri de canto e arqueei as sobrancelhas, no mesmo instante ele se rendeu fazendo bico e se levantando para comprar os ingressos, caminhei ao lado dele, ingressos comprados nos sentamos de novo para esperar a hora do filme, enquanto ele contava uma história sobre a mãe dele eu apenas sorria, ainda encantada com o sorriso dele, a forma que ele contava cada história, com a forma que ele me olhava a cada dois minutos para ver se eu ainda estava prestava atenção ou se já tinha dormido, mas tudo era muito interessante para mim, eu realmente queria saber cada história sobre como a mãe dele é ironicamente igual à avó dele e sobre como ela reclama disso, sobre como ele tem exatamente a mesma personalidade do pai dele e como ele se orgulha disso. E então quando a historia não tinha mais como ser prolongada, ele me puxou para um abraço desajeitado e apertado, me aproximei dele e ali me confortei, ficamos daquele jeito por um tempo até que desse a hora do filme.
Levantamos, demos as mãos e caminhamos até a sala de cinema balbuciando brincadeiras seguidas de gargalhadas escandalosas, caminhamos para algo bom de mais para se pensar no futuro e deixar de viver o momento.”
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